Coluna SVP

Não ao Parque do Albardão

O município de Santa Vitória do Palmar se posiciona contrário a implantação da Unidade de Conservação Ambiental na categoria Parque

Nos últimos dias, a cidade de Santa Vitória do Palmar, no extremo sul gaúcho, tem sido palco de um grande embate econômico e ambiental. Os rumores da possível implantação de uma Unidade de Conservação Ambiental na categoria Parque, na localidade do Albardão, na costa do Balneário do Hermenegildo, causaram uma grande inquietação por parte da comunidade. A mesma alega que o contato, por parte do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com as entidades e parcelas afetadas aconteceu de forma apurada, precária e restrita. Inclusive, destaca a gravidade da defasagem dos estudos apresentados, como aponta a informação de que no Albardão não existem moradores.

A Prefeitura de Santa Vitória do Palmar informa que existem tratativas para diversos projetos que visam ser implantados naquela região, a exemplo de uma pauta explorada mundialmente, a energia eólica offshore, que produz energia por meio da força dos ventos em alto-mar. A iniciativa de criação dessa Unidade de Preservação Federal ocuparia 1,6 milhão de hectares e se chocaria com o projeto citado pelo Município, desconsiderando a potência que Santa Vitória do Palmar poderá se tornar caso opte pelo ramo do offshore.


A pauta ganhou destaque em toda a região, as cidades de Rio Grande e do Chuí, que também serão afetadas negativamente caso a implantação se confirme, manifestaram a mesma reação que Santa Vitória do Palmar. Na próxima semana, uma Consulta Pública será realizada: segunda-feira no município de Rio Grande, às 14h, no Campus Carreiros da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), e na terça-feira, também às 14h, no auditório da Furg, em Santa Vitória do Palmar.

De acordo com o Prefeito Wellington Bacelo (MDB), Santa Vitória do Palmar está em processo de desenvolvimento. Todos os projetos são bem recebidos e avaliados com cautela, porém, nesse caso em específico, as abordagens não foram claras em nenhum momento, segundo o gestor. "O assunto foi sugestionado, mas nunca concordamos com a implantação. Temos consciência dos prejuízos que o parque trará ao desenvolvimento econômico e social do Município e para a comunidade em geral. Os danos vão muito além dos setores da pesca artesanal e do turismo. E o que mais assusta é a forma abrupta que este assunto vem sendo manejado! Dessa forma, eu convido a toda comunidade para se juntar a nós nesta causa. Uma boa alternativa para compreender todas as discussões propostas é acompanhar a Consulta Pública. Neste momento necessitamos do engajamento popular, precisamos deixar clara a opinião do povo mergulhão", diz Wellington Bacelo.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Thais Russomano

Próximo

A prevenção precisa ser levada a sério

Deixe seu comentário